Quarto Sakura

*Retrai-me um pouco quando ela me tocou no braço onde eu tinha feito a tatuagem. A pele ainda estava sensível de mais*

- Nada... Não é nada...
*Massajei um pouco o braço. Parecia que... Parte de mim queria que ela descobrisse. Parte de mim queria que ela soubesse que eu fazia de tudo para a proteger.
Não era para me exibir...
Só queria que ela soubesse que eu a considerava importante para mim. Que já não era a pessoa que não se importava com ninguém além dele mesmo.
Não...
Ela fizera-me mudar*

*Suspirei e levantei a manga da camisola para ela poder ver*

- Pedi à Tsunade. Foi assim que soube da guerra. Saber disso só me fez ter mais certezas. - Passei a mão pelo rosto dela. - Tenho de saber que sou plenamente capaz de te proteger. Não te posso deixar ir para esta guerra...

- Eu também preciso de ti... Viva. - Tentei abraça-la. - Sakura, por favor, imploro-te. Não vás. Por mim... Estou a ser egoísta mas... Por mim

*Olhei-a muito nos olhos*
- Eu não queria recorrer a isso mas... Sabes que tenho meios de te obrigar a ficar, não sabes?

*Desviei o olhar também e aproximei-me de novo da janela*
- Pensa no que eu te disse. Tenho de ir... Tenho formação com eles agora

*Voltei atrás apenas para lhe dar um beijo na testa*

*faltei pela janela e fui para o meu treino. Voltei horas depois, já a noite tinha caído. Estava completamente partido da sova que tinha levado no treino, mas não tinha sido assim tão mau como no dia anterior.
Subi pela parede e bati devagar à janela dela*

*Reparei nela ainda na mesma posição. Aquilo era meu sinal. Estava-me a impor demasiado a ela.
Peguei nela ao colo devagarinho e sentei-me com ela na cama.
Beijei-a no rosto com todo o carinho*
- Voltei... Desculpa a demora

*Suspirei. Já estava à espera daquilo... Eu só a queria proteger mas ninguém compreendia. Nem ela*
- Não há nada que eu possa fazer que te faça mudar de opinião?

*acenei só e não disse mais nada. Só a deixei ir.*
- Então... Vai ficar assim não é?

- Se fica assim, não me deixares proteger-te...
*Se ela soubesse o quanto isso me fazia sentir um inútil*