Terraço do Edifício Principal

- É preciso eu ser mais claro do que já fui? Ok pronto, eu amo-te. - Disse naturalmente, irritando-me quando ela me acusou de não ter sido directo. Mais directo que aquilo só dizendo com todas as palavras como tinha acabado de fazer. Mas eu pensava que as miúdas gostavam quando a gente rodeava aquele tipo de assunto. Bem... Afinal... O que é que eu percebia de miúdas? As das revistas não falavam mesmo... - Peço desculpa se não fui directo pronto... Amo-te. Já há um tempo que te amo. Pronto, falei. E eu não disse que ia desistir de ti. Mas sei bem que gostas do Tetsu. E não me vou por no caminho, simplesmente isso. Tenho a certeza que se fosse o contrário farias o mesmo. Desde que estejas bem... É o que me interessa

Pisquei confuso sem perceber. O que queria ela dizer com "Meter na cabeça que ama o Tetsu"?
- Han? Como assim?

Pisquei muitas vezes tentando que tudo aquilo fizesse sentido mas não. --' então mas...?
- É incrível como consegues falar tanto e fazer com que eu fique a perceber o mesmo. - Disse mesmo admirado rindo-me depois, pegando na mão dela por puro instinto. - Explica-me lá isso como deve ser, que já sabes que a minha cabeça trabalha devagar, quando não estou a jogar.

'-' Então mas...? Quer dizer que...? '-' '-' '-' então mas...?
- Porque é que nunca me perguntaste se eu sentia isso? Tal como disseste há bocado, eu sempre fui directo contigo. Achavas que não o seria só por causa do assunto?

Ri-me sem conseguir controlar ainda durante um tempo, sempre apoiado nela, As minhas mão já se tinha insinuado pela cintura dela, repousando com naturalidade a meio das costas dela.
- A sério? Bem... depende muito de quando é que começaste a ter esses pensamentos... Eu só me dei conta quando o Kise mandou a boca, daquela vez... - Disse meio atrapalhado coçando a cabeça. Aquilo era bom sinal certo? Se ela tinha medo de levar nega era porque... Ela... Ah e tal de mim certo? - Lembraste dessa cena? Que ele começou com cenas por estares dentro do meu casaco, naquele dia que estava frio e a chover?

- Foi a partir daí que percebi... - Disse baixinho, levantando-lhe o rosto para poder encostar a testa à dela. Passei-lhe também a mão pelo rosto de novo antes de sussurrar levemente: - Amo-te Satsuki...

Sorri contra a pele da testa dela, beijando-lha depois.
- Então isso quer dizer que... Nós dois... Ah e tal? - Bem... Eu não era eu se não tivesse a implicar com ela logo... Mais valia começar já.

- Estamos a namorar agora é? Queres ter essa actividade lúdica comigo? - Tentei não me rir enquanto a olhava com olhos de cachorrinho abandonado. Ela já me percebia tão bem mas insistia naqueles biquinhos realmente tentadores... Roubei-lhe um beijo para o tentar fazer desaparecer.

Encostei a testa depois à dela.
- Que é que fazemos agora? - Perguntei baixinho. Eu era novo naquilo. De facto... Nem me lembrava se já tinha tido alguma namorada... Normalmente as miúdas tinham medo de mim e eu não as procurava muito logo...

- Como assim não sabes?
Olhei-a extremamente confuso. Quer dizer... Depois de toda aquela enrolação... Ela ainda tinha dúvidas?
- Não acreditas que é isso que quero, é isso? Estou a fazer alguma coisa mal?

- Como assim "tecnicamente já tive um namorado mas nunca tive um namorado"? - Perguntei, olhando-a cada vez mais confuso. - E desse teu tecnicamente eu sei que não estás a falar do Tetsu porque ele nunca te deu bases para tal por isso... Quem foi o trambolho e o que aconteceu? - Levantei uma sobrancelha, desconfiado.

- Ahh... Bem nesse campo estamos equiparados porque eu nem sequer tive "hipoteticamente" ninguém. - Disse coçando a cabeça. Devia ser o único rapaz da escola com a minha idade que nunca tinha tido uma namorada. Aposto que muitos deles já tinha dado até passos mais largos do que a perna e eu nem do primeiro passo passava. Não que isso me interessasse mas... Dava-me um certo ar a leitinho que eu não gostava. - Aliás, maior parte das miúdas da escola tem medo de mim, por isso... Acho que espalhei bem a reputação de ser um filho da puta convencido

- Hum? - Pronto lá vinha sermão por eu ter dito asneiras. Desde pequenina que ela me controlava a língua... Pffff!! Tive de me controlar fortemente para não pensar que agora ela o iria fazer fisicamente.